Havia vida. O lugar de despacho de cargas. O armazém. O vai e vem de carroceiros que faziam a festa transportando mercadorias: de malas a cerveja ensacada. A baldeação, onde os passageiros por conta da diferença de bitola tinham que trocar de trem. O restaurante sempre concorrido. Os convidativos bancos para se sentar enquanto o trem não chegava A sala de espera. O guichê. O burburinho daqueles que não iam embarcar, mas que encontravam no lugar entretenimento. Encontros. Desencontros. Estação de flores.De dores.Amores.De sonhos. Outra vida. Outro mundo. A cidade era vista a partir da Estação.Hoje a estação abriga um museu de si mesma para não ficar esquecida no vagão do tempo. Para não virar ‘estação solidão’. E agora quem por ali passa recarrega o ‘vagão’ que vaga na própria alma salpicada de lembranças: o apito. O maquinista. O vendedor oferecendo toda sorte de doces e sedutores biscoitos de polvilho. Gigantes. Que coisa mágica era tudo isso. A trilha sonora produzida pelo trilho embalava quem ia observando a paisagem através da janelinha. A estação que recebeu trens de passageiros até março de 2001, foi o ponto de partida para tantas outras partidas, mas também de chegadas. Quem por ela passou, não sabia que um dia o bilhete ali vendido seria o da saudade. O da saudade...
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ReplyDeleteEstação de trens em Araraquara
ReplyDeleteHavia vida.
O lugar de despacho de cargas.
O armazém.
O vai e vem de carroceiros que faziam a festa transportando mercadorias: de malas a cerveja ensacada.
A baldeação, onde os passageiros por conta da diferença de bitola tinham que trocar de trem.
O restaurante sempre concorrido.
Os convidativos bancos para se sentar enquanto o trem não chegava
A sala de espera.
O guichê.
O burburinho daqueles que não iam embarcar, mas que encontravam no lugar entretenimento.
Encontros.
Desencontros.
Estação de flores.De dores.Amores.De sonhos.
Outra vida.
Outro mundo.
A cidade era vista a partir da Estação.Hoje a estação abriga um museu de si mesma para não ficar esquecida no vagão do tempo. Para não virar ‘estação solidão’.
E agora quem por ali passa recarrega o ‘vagão’ que vaga na própria alma salpicada de lembranças: o apito.
O maquinista.
O vendedor oferecendo toda sorte de doces e sedutores biscoitos de polvilho. Gigantes.
Que coisa mágica era tudo isso. A trilha sonora produzida pelo trilho embalava quem ia observando a paisagem através da janelinha.
A estação que recebeu trens de passageiros até março de 2001, foi o ponto de partida para tantas outras partidas, mas também de chegadas. Quem por ela passou, não sabia que um dia o bilhete ali vendido seria o da saudade. O da saudade...